Religiosidade

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Dia Nacional do Ecumenismo reforça importância do diálogo e do respeito entre as religiões no Brasil

Celebrado hoje, neste 21 de outubro, o Dia Nacional do Ecumenismo convida os brasileiros a refletirem sobre a importância da unidade entre os cristãos e do respeito às diferentes expressões de fé. A data, instituída oficialmente em 2019, nasce do desejo de promover a tolerância religiosa em um país onde ainda são frequentes os casos de intolerância e discriminação. Inspirado nas palavras de Jesus — “para que todos sejam um” (Jo 17) —, o ecumenismo propõe um caminho de fraternidade, que valoriza o diálogo, a oração e a cooperação entre as igrejas.

O movimento ecumênico tem raízes profundas no século XX, com marcos como o Concílio Vaticano II, que abriu oficialmente o diálogo da Igreja Católica com outras denominações cristãs, e a criação do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), em 1982. Hoje, o conselho reúne diferentes tradições — entre elas, a Católica, a Anglicana, a Luterana e a Presbiteriana —, com o compromisso de testemunhar a unidade em Cristo sem perder a identidade de cada fé. Para o bispo anglicano Francisco Cezar Fernandes Alves, que atua há mais de duas décadas no movimento, o ecumenismo “não busca uniformidade, mas a convivência respeitosa e o apreço pelos dons de cada igreja”.

Em tempos marcados pelo aumento da intolerância e por conflitos motivados por crenças religiosas, o diálogo ecumênico surge como um caminho necessário. O Papa Francisco, em diversas ocasiões, tem recordado que o verdadeiro testemunho cristão está na caridade e na solidariedade entre os povos, independentemente de suas tradições. Essa união também se expressa no chamado “ecumenismo de sangue”, conceito lembrado pelo pontífice para destacar que, em contextos de perseguição, não há distinção entre católicos, protestantes ou ortodoxos — todos sofrem pela mesma fé.

O Brasil, país plural em suas expressões religiosas, tem se tornado terreno fértil para iniciativas que promovem o diálogo e a convivência fraterna. Em comunidades, paróquias e espaços inter-religiosos, cresce o número de projetos que unem igrejas cristãs em ações sociais, campanhas contra a fome e atividades de promoção da paz. Como dizia São João XXIII, “é muito mais forte aquilo que nos une do que o que nos divide”. Essa mensagem, mais atual do que nunca, reforça o chamado à construção de uma sociedade em que a fé — em suas diversas formas — seja ponte, e nunca barreira, entre os irmãos.

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Padre João Maria: O anjo de Natal que ilumina a fé e a solidariedade dos potiguares

Foto: G1

No dia 16 de outubro, o Rio Grande do Norte celebra a vida e o legado do Padre João Maria Cavalcanti de Brito, símbolo de fé, caridade e amor ao próximo. Nascido 23 de junho de 1848, na região do Seridó, o sacerdote formou-se no Seminário da Prainha, em Fortaleza, ao lado de figuras históricas como Padre Cícero. Sua trajetória pastoral foi marcada por uma profunda dedicação aos pobres e doentes, tornando-se um verdadeiro “Apóstolo da Cidade”. Em Natal, sua imagem é lembrada em pinturas, monumentos e, sobretudo, na memória afetiva de um povo que o reconhece como santo, mesmo sem canonização oficial.

Figura de fé viva e inspiradora, Padre João Maria tornou-se exemplo do verdadeiro cristão que não se omite diante da dor alheia. Durante as epidemias de varíola e cólera que atingiram Natal entre o final do século XIX e início do XX, ele enfrentou o medo e o sofrimento com coragem e compaixão, cuidando pessoalmente dos enfermos. Sua batina, muitas vezes rasgada para servir de atadura, simboliza a entrega total de quem viveu o Evangelho em sua essência. O “Anjo de Bondade”, como é carinhosamente chamado, continua a inspirar a solidariedade e o amor fraterno, valores cada vez mais urgentes em tempos de crise humanitária e desigualdade.

Falecido em 16 de outubro de 1905, portanto, há 120 anos, Padre João Maria permanece presente no coração dos potiguares, como farol de fé e esperança. Sua vida é lembrada como testemunho de um amor que não conhece fronteiras e de uma caridade que não se esgota. Neste mesmo 16 de outubro, quando também se comemora o Dia Mundial da Alimentação e o Dia Mundial do Pão, a Igreja Católica celebra o Dia de São Geraldo Majella, protetor da gravidez, da maternidade e das crianças.

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02 de outubro: Religiosos celebram os Anjos da Guarda

A presença dos anjos na tradição cristã sempre ocupou um lugar de destaque na doutrina e na espiritualidade da Igreja. Reconhecidos como seres espirituais imortais, dotados de inteligência e vontade, eles aparecem em diferentes momentos da história da salvação como mensageiros e intérpretes das ordens divinas. Ao longo dos séculos, a reflexão sobre sua natureza deu origem a um campo de estudos próprio, a angelologia, abordada por Padres da Igreja e grandes teólogos, consolidando-se como parte essencial do Magistério eclesial.

Organizados em nove hierarquias, os anjos possuem funções específicas que os aproximam ainda mais de Deus e de sua obra. Desde os Serafins, símbolos do amor ardente, até os Querubins, representados com asas repletas de olhos, cada ordem expressa um aspecto particular da espiritualidade celestial. No entanto, a tradição também ressalta o mistério da liberdade concedida a esses espíritos: foi dessa condição que surgiu a queda de Lúcifer, exemplo de como o orgulho pode afastar até mesmo os mais belos da presença divina.

Entre todas as formas de devoção, destaca-se a crença no Anjo da Guarda, presença silenciosa que acompanha cada fiel desde o Batismo. Essa figura, vista como companheira de jornada e guia espiritual, ganhou força nas expressões populares e na liturgia da Igreja. Sua memória é celebrada em 2 de outubro, data instituída no século XVII e que, mais recentemente, inspirou também a criação da Festa dos Avós, reconhecendo neles um reflexo protetor semelhante ao cuidado dos anjos.

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O corajoso São Jorge!

São Jorge é um dos santos mais populares do cristianismo e figura lendária cuja história mistura elementos históricos e simbólicos. Acredita-se que ele tenha vivido entre os séculos III e IV, sendo um soldado romano de origem capadócia que se converteu ao cristianismo. Segundo a tradição, Jorge foi martirizado por se recusar a renunciar à sua fé durante as perseguições do imperador Diocleciano. Sua lenda mais famosa é a do combate contra um dragão, que simboliza a luta do bem contra o mal e a fé contra a opressão.

Na Igreja Católica, São Jorge é venerado como mártir e exemplo de coragem, fidelidade e resistência diante das adversidades. Seu dia é celebrado em 23 de abril, data que marca seu martírio. Ele é padroeiro de diversos países e cidades, como Inglaterra, Portugal e a cidade do Rio de Janeiro. A imagem do santo montado em um cavalo branco e enfrentando um dragão tornou-se símbolo de proteção e força espiritual, sendo frequentemente associada a batalhas pessoais e à defesa da fé.

Além do catolicismo, São Jorge também é amplamente venerado em outras tradições religiosas, como nas religiões afro-brasileiras, especialmente na umbanda e no candomblé. Nesses cultos, ele é associado ao orixá Ogum, divindade guerreira e protetora, sendo invocado para abrir caminhos e vencer obstáculos. Essa sincretização religiosa demonstra a força simbólica de São Jorge e sua presença marcante na fé popular brasileira, unindo diferentes crenças em torno da figura de um guerreiro da luz e da justiça.

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Feliz Páscoa!

A Páscoa é uma das celebrações mais importantes para os cristãos, pois marca a ressurreição de Jesus Cristo, evento central da fé cristã. Segundo a tradição bíblica, após ser crucificado e morto, Jesus ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte e oferecendo a promessa de vida eterna a todos os que creem nele. Esse acontecimento é visto como a prova do amor de Deus pela humanidade e representa a vitória do bem sobre o mal, da esperança sobre o desespero. Por isso, a Páscoa é comemorada com alegria e gratidão, sendo um momento de renovação espiritual e reflexão.

Além do significado religioso, a Páscoa também é um tempo de união familiar e de celebração da vida. Durante esse período, os cristãos costumam participar de missas e cultos especiais, além de manterem tradições como o jejum, a oração e a partilha do pão e do vinho. É uma data que convida à reconciliação, ao perdão e ao recomeço, reforçando valores essenciais da fé cristã, como a compaixão, a humildade e o amor ao próximo. A Páscoa, portanto, vai muito além dos símbolos populares como os ovos de chocolate — ela é, acima de tudo, a celebração da esperança cristã.

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