Neste 13 de dezembro o Brasil volta seus olhos para a potência cultural que pulsa no Nordeste ao celebrar o Dia Nacional do Forró. A data, instituída para valorizar uma das expressões musicais mais importantes do país, reafirma a força de um ritmo que nasceu do chão quente do sertão, ganhou o coração das cidades e se tornou símbolo da identidade brasileira. Em cada acorde de sanfona e em cada passo marcado no terreiro, ecoa uma história de resistência, afeto e pertencimento.
A data também carrega um significado espiritual profundo, pois marca o Dia de Santa Luzia, figura de devoção popular associada à proteção dos olhos. No imaginário nordestino, a celebração à santa entrelaça fé e tradição, fortalecendo laços comunitários que atravessam gerações. É um momento em que religiosidade e cultura caminham lado a lado, lembrando que o Nordeste constrói sua grandeza na união entre celebração, esperança e costume.
Em 13 de dezembro, o país ainda reverencia o aniversário de Luiz Gonzaga, o mestre que transformou o baião, o xote e o xaxado em patrimônio nacional. Nascido no interior pernambucano, Gonzaga deu voz aos anseios de seu povo, traduzindo em música a paisagem, a saudade e a alegria do sertão. Seu legado permanece vivo nas festas, nas rádios, nos palcos e na memória afetiva de milhões de brasileiros, fortalecendo a presença do Nordeste no imaginário cultural do país.
A data ainda celebra o Dia do Pedreiro, o Dia Nacional do Cego e o Dia do Marinheiro.
Assim, este 13 de dezembro se afirma como um encontro de luz, som e devoção. É um dia que enaltece a criatividade nordestina, sua capacidade de renovar tradições e de inspirar o Brasil inteiro. Ao celebrar o forró, Santa Luzia, o nascimento de Luiz Gonzaga e todas as demais datas que compõem este sábado especial, reafirmamos que a cultura é uma das maiores riquezas nacionais e que o Nordeste, com sua força e autenticidade, segue iluminando e embalando a alma brasileira.
Palhaço Facilita, um dos mais icônicos artistas circenses do RN. Foto: Tribuna do Norte
Dia Universal do Palhaço: Em 10 de dezembro de 1981, começou a ser celebrado no Brasil o Dia Universal do Palhaço, data que homenageia artistas cuja missão é despertar sorrisos e manter viva a tradição circense. De nomes consagrados como Bozo, Carequinha e Piolin a figuras que moldam a cena regional, como Facilita, Bisteca, Bochechinha, Louquinho e Fuxiquinho no Rio Grande do Norte, a data reafirma o valor cultural do circo e sua capacidade de aproximar comunidades por meio da leveza e da arte. A celebração, também reconhecida mundialmente, evidencia a importância de preservar manifestações populares que mantêm equilíbrio entre memória, renovação e presença cotidiana.
Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, marco que estabeleceu princípios essenciais como vida, liberdade, dignidade e igualdade. O documento tornou-se referência mundial para legislações, políticas públicas e metas globais, incluindo a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Relembrar sua promulgação significa reforçar compromissos que norteiam democracias, inspiram práticas governamentais e garantem às populações o reconhecimento de seus direitos inalienáveis, independentemente de origem, identidade ou condição social.
Dia Nacional da Inclusão Social: Em 10 de dezembro de 2009, o Brasil oficializou o Dia Nacional da Inclusão Social por meio da Lei nº 12.073, reforçando o vínculo histórico da data com os direitos humanos. A norma busca sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de eliminar barreiras e equiparar oportunidades, fortalecendo a participação plena de pessoas com deficiência, grupos vulnerabilizados ou vítimas de discriminação. Ao longo dos anos, avanços práticos, como maior presença de mulheres em cargos de liderança, intérpretes de Libras em meios de comunicação e ações de acessibilidade em espaços públicos, refletem mudanças graduais no cotidiano e expressam o sentido concreto da inclusão.
Assim, neste 10 de dezembro, o riso provocado pelos palhaços, o legado universal dos direitos humanos e o compromisso brasileiro com a inclusão convergem em um mesmo chamado: o de reconhecer cada indivíduo como sujeito de direitos. A data convida à reflexão sobre políticas estruturantes, ao estímulo de práticas que ampliem a participação social e ao fortalecimento de uma cultura que preze pela diversidade, pelo respeito e pela equidade, elementos indispensáveis para construir uma sociedade verdadeiramente justa.
O Brasil celebra em 19 de novembro o Dia da Bandeira, data criada para homenagear um dos principais símbolos nacionais. A comemoração remete a 1889, quando o país, recém-saído da Proclamação da República, apresentou oficialmente a bandeira que permanece em vigor até hoje, instituída pelo Decreto nº 4. Desde então, o estandarte verde, amarelo, azul e branco tornou-se representação direta da identidade e dos valores que compõem a história brasileira.
Em todo o país, escolas, repartições públicas e instituições civis realizam cerimônias que reforçam o sentimento de pertencimento e respeito ao símbolo nacional. O hasteamento da bandeira e a execução do Hino à Bandeira figuram entre os momentos mais tradicionais, muitas vezes acompanhados de atividades educativas que tratam da importância da cidadania e da preservação dos símbolos oficiais.
Entre as curiosidades lembradas nesta data está o protocolo de substituição das bandeiras danificadas, que devem ser encaminhadas a unidades militares para incineração justamente no dia 19 de novembro. Há ainda normas específicas para o hasteamento, como a prioridade da bandeira brasileira entre outras e a exigência de iluminação quando permanece exposta à noite. São detalhes que reforçam o cuidado e o respeito destinados a um símbolo que atravessa gerações.
Celebrado em 16 de novembro, o Dia Internacional para a Tolerância tem como objetivo promover o respeito, a aceitação e o apreço pela diversidade humana, cultural e social em todas as suas formas. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1996, por meio da Resolução 51/95, um ano após a adoção da Declaração de Princípios sobre Tolerância pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Desde então, a celebração reforça os valores essenciais da convivência democrática e da paz mundial.
Segundo a UNESCO, ser tolerante não significa aceitar injustiças ou renunciar às próprias convicções, mas reconhecer o direito de cada pessoa a ser diferente, expressando-se livremente dentro dos princípios dos direitos humanos. A instituição defende que a tolerância é o alicerce para a construção de sociedades inclusivas, capazes de lidar com conflitos por meio do diálogo e do entendimento mútuo. Em um mundo cada vez mais interconectado, a prática da tolerância é vista como essencial para o fortalecimento das democracias e para o combate à discriminação e à violência.
A data também serve como um chamado à ação para governos, escolas, comunidades e indivíduos, incentivando políticas e práticas que promovam a igualdade e a diversidade cultural. No Brasil, ações educativas e campanhas de conscientização são realizadas anualmente em instituições públicas e privadas, destacando a importância da empatia e da convivência respeitosa como pilares da cidadania. Essas iniciativas são apoiadas por organismos internacionais que buscam reduzir a intolerância étnica, religiosa e social.
Ao lembrar que a tolerância é um valor que se aprende e se cultiva, o Dia Internacional para a Tolerância reforça o compromisso coletivo com a paz e o respeito às diferenças. Mais do que uma celebração simbólica, a data representa um convite à reflexão sobre a responsabilidade de cada cidadão na construção de um mundo mais justo e solidário.
Na mesma data, também são comemorados o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito e o Dia do Não Fumar.
Comemorado em 15 de novembro, o Dia do Esporte Amador homenageia milhões de brasileiros que fazem da prática esportiva uma aliada para uma vida mais saudável, equilibrada e feliz. A data busca valorizar os atletas não profissionais que, sem vínculo contratual com entidades desportivas, dedicam parte do tempo livre à atividade física por prazer, lazer ou cuidado com a saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quem pratica exercícios ao menos três vezes por semana, durante 30 minutos, já pode ser considerado um atleta amador.
No Brasil, o esporte amador está profundamente ligado à cultura e às tradições regionais. Segundo instituições de ensino e pesquisa da área, modalidades como corrida de rua, ciclismo, natação, lutas e esportes coletivos, como futebol e voleibol, estão entre as mais praticadas pela população. Essas atividades fortalecem não apenas o corpo, mas também o convívio social e a integração comunitária, promovendo valores como cooperação, disciplina e respeito. A celebração do dia reforça que o esporte, mesmo fora do ambiente profissional, é uma poderosa ferramenta de inclusão e qualidade de vida.
A prática regular de exercícios físicos é considerada uma das formas mais eficazes de prevenção de doenças crônicas e cardiovasculares. A OMS aponta o sedentarismo como o quarto maior fator de risco de morte no mundo, responsável por milhões de óbitos que poderiam ser evitados com hábitos mais ativos. Entre os benefícios do esporte estão a melhora da circulação sanguínea, o fortalecimento muscular e ósseo, o controle do peso e o estímulo ao bem-estar físico e mental.
Profissionais de Educação Física desempenham papel essencial no incentivo e acompanhamento das práticas esportivas amadoras, garantindo segurança e eficiência nos treinamentos. Eles atuam na elaboração de programas personalizados, na prevenção de lesões e na promoção de hábitos saudáveis. Mais do que uma comemoração, o Dia do Esporte Amador é um convite à população para adotar a atividade física como parte do cotidiano. Na mesma data, também são celebrados o Dia da Proclamação da República e o Dia Nacional da Umbanda.
Comemorado em 13 de novembro, o Dia Mundial da Gentileza foi criado em 1996, em Tóquio, no Japão, durante uma conferência internacional que reuniu grupos dedicados à promoção da bondade e da empatia. A proposta, que se consolidou oficialmente no ano 2000, nasceu com o propósito de incentivar atitudes simples, mas transformadoras, capazes de tornar o convívio humano mais solidário e harmonioso. O movimento se espalhou por diversos países e hoje é lembrado como um convite à reflexão sobre o poder dos gestos gentis no cotidiano.
A gentileza, segundo especialistas em comportamento e saúde emocional, tem efeitos diretos sobre o bem-estar individual e coletivo. Estudos científicos apontam que praticar atos gentis, como oferecer ajuda, fazer um elogio ou simplesmente sorrir, reduz o estresse, melhora o humor e fortalece os vínculos sociais. A empatia e o respeito, quando cultivados nas relações pessoais e profissionais, criam ambientes mais equilibrados, colaborativos e produtivos. Tanto quem realiza quanto quem recebe um ato de gentileza experimenta aumento da sensação de felicidade e pertencimento.
No ambiente de trabalho, por exemplo, a prática de atitudes gentis tem se mostrado uma ferramenta eficaz na melhoria do clima organizacional e no fortalecimento das equipes. Pequenas ações, como reconhecer o esforço de um colega ou demonstrar gratidão, geram um ciclo positivo de confiança e motivação. Em espaços públicos e comunidades, a gentileza se manifesta no cuidado com o outro, no respeito às diferenças e na disposição em contribuir para um convívio mais pacífico.
No Brasil, o Dia Mundial da Gentileza também remete à figura do Profeta Gentileza, personagem símbolo do amor e da bondade, que espalhou mensagens positivas pelos muros do Rio de Janeiro, inspirando gerações. Sua filosofia reforça que ser gentil é um ato simples, mas poderoso, capaz de transformar relações e influenciar toda uma sociedade. A data convida cada pessoa a exercitar diariamente esse valor universal e a perceber como pequenas atitudes podem fazer do mundo um lugar melhor para todos.
O Brasil tem dois dias dedicados a celebrar o riso e seus efeitos positivos no corpo e na mente. O Dia Nacional do Riso, em 6 de novembro, reforça a importância de rir como forma de aliviar o estresse, aumentar a disposição e fortalecer o sistema imunológico. A data convida a olhar para o humor não apenas como diversão, mas como uma ferramenta de bem-estar e equilíbrio emocional.
Já o Dia Internacional do Riso, comemorado em 18 de janeiro, nasceu em 1998 na Índia, idealizado por Madan Kataria, criador do movimento Yoga do Riso. A proposta é simples e poderosa: usar o riso como linguagem universal para promover paz, empatia e conexão entre as pessoas. Celebrar essas datas é lembrar que rir, além de saudável, é um gesto humano capaz de aproximar o mundo.
Sorria! Faz bem para saúde:
Promove um relaxamento geral dos músculos;
Libera hormônios do prazer, como endorfina e dopamina;
Recentemente, Macaíba foi premiada no Prêmio Band Cidades Excelentes pelo segundo ano consecutivo, recebendo o primeiro lugar no pilar “Governança, Eficiência e Transparência” entre cidades de até 100 mil habitantes.
Celebrado hoje, em 31 de outubro, o Dia Mundial das Cidades propõe uma reflexão global sobre os rumos da urbanização e o papel das tecnologias no aprimoramento da vida nas metrópoles. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data de 2025 tem como tema “Cidades inteligentes centradas nas pessoas”, destacando a importância de políticas públicas e soluções tecnológicas que priorizem o bem-estar humano, a inclusão e a sustentabilidade ambiental. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 85% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que reforça a urgência de pensar em modelos de desenvolvimento urbano que conciliem inovação e qualidade de vida.
O rápido crescimento das cidades brasileiras traz desafios significativos, como o déficit habitacional, a mobilidade precária e os impactos ambientais. Dados do Ministério das Cidades apontam que o país possui cerca de 5,8 milhões de moradias inadequadas, enquanto o trânsito urbano é responsável por grande parte das emissões de gases de efeito estufa. Nesse contexto, o conceito de “cidades inteligentes” surge como resposta estratégica, propondo o uso integrado de dados, sensores e inteligência artificial para otimizar transportes, consumo energético e gestão de resíduos, sempre com foco nas necessidades reais da população.
Além das inovações tecnológicas, especialistas defendem que a construção de cidades mais humanas depende da cooperação entre governos, setor privado e sociedade civil. O Brasil tem ampliado iniciativas nessa direção, como o Programa Nacional de Cidades Sustentáveis, que incentiva municípios a adotarem práticas de planejamento urbano baseadas em critérios ambientais e sociais. Projetos de energia limpa, mobilidade elétrica e urbanismo participativo vêm se destacando em capitais como Curitiba, Fortaleza e São Paulo, servindo de modelo para outras regiões.
O Dia Mundial das Cidades também tem o propósito de sensibilizar sobre os efeitos da desigualdade urbana, promover a cooperação internacional e incentivar o uso responsável da tecnologia como ferramenta de transformação social.
Neste 31 de outubro, além da data dedicada às cidades, o calendário brasileiro celebra o Dia do Comerciário, o Dia do Design de Interiores, o Dia da Reforma Protestante, o Dia da Dona de Casa, o Dia do Saci e o Dia Nacional da Poesia.
O Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, celebrado em 27 de outubro, destaca a persistente desigualdade racial no acesso e na qualidade dos serviços de saúde no Brasil. Criada para promover a conscientização sobre os impactos do racismo estrutural na saúde da população negra, a data reforça a importância da luta contra a discriminação e a valorização dos direitos dessa parcela da sociedade. Instituída para incentivar debates e ações que informem sobre direitos e políticas públicas, a mobilização também enfatiza a relevância da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), lançada em 2009, que busca combater as desigualdades étnico-raciais no Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar dos avanços proporcionados pela PNSIPN, o Ministério da Saúde aponta que sua implementação ainda é insuficiente. Dados oficiais mostram que, embora o número de municípios com planos que incorporam ações da política tenha crescido entre 2018 e 2021, apenas 12,3% desses locais mantêm continuidade nas ações previstas. A baixa adesão compromete a eficácia da política e evidencia lacunas na promoção da equidade no atendimento à população negra. Organizações do movimento negro, profissionais de saúde e gestores públicos intensificam esforços para ampliar a aplicação das medidas previstas, além de realizar atividades de mobilização e debate em diversas regiões do país.
Estudos recentes também apontam o tratamento desigual e discriminatório sofrido pela população negra nos serviços de saúde, especialmente no atendimento reprodutivo e sexual. Pesquisas indicam que mulheres negras enfrentam estigmatização e violência simbólica, sendo frequentemente rotuladas como “difíceis” pelos profissionais, o que prejudica o acesso e a qualidade do cuidado oferecido. Esse cenário reforça a necessidade de aprimorar a formação dos trabalhadores da saúde e implementar políticas efetivas para combater o racismo institucional e garantir dignidade e respeito a todos os usuários do SUS.
O Dia do Trabalhador da Construção Civil, celebrado em 26 de outubro, homenageia os profissionais que atuam em um dos setores mais importantes para o desenvolvimento econômico do Brasil. A data reconhece o trabalho de engenheiros, pedreiros, carpinteiros, eletricistas, encanadores, armadores e outros especialistas que, diariamente, contribuem para a edificação de infraestrutura essencial ao país. A escolha do dia está relacionada à proximidade com o dia de São Judas Tadeu, padroeiro da profissão, que simboliza proteção e dedicação na atividade.
A construção civil é responsável por uma significativa parcela do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e é um dos maiores geradores de emprego no país, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o setor registra recuperação consistente após os impactos da pandemia, com aumento na produção e contratação, o que reforça a relevância dos trabalhadores para a economia nacional. Celebrar esses profissionais é reconhecer a complexidade, os riscos e as habilidades exigidas em suas funções.
Além do Dia do Trabalhador da Construção Civil, outras datas também valorizam os segmentos ligados ao setor. O Dia do Engenheiro Civil é comemorado em 25 de outubro, enquanto o Dia do Pedreiro acontece em 13 de dezembro. Essas celebrações reforçam a importância de diferentes áreas e ofícios que, em conjunto, promovem o crescimento e a modernização do Brasil.
O dia 25 de outubro é reconhecido por diversas instituições como uma data importante para a defesa da democracia no Brasil, embora ainda não tenha sido oficializado pelo Estado como um feriado ou dia nacional. A escolha do dia remete ao assassinato do jornalista Vladimir Herzog, ocorrido em 1975 durante a ditadura militar, episódio que se tornou símbolo da luta pela redemocratização do país e pela garantia dos direitos civis e da liberdade de expressão. Em anos recentes, projetos de lei foram apresentados no Congresso Nacional para transformar essa data em uma celebração oficial.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é uma das principais responsáveis pela proposição que busca a institucionalização do Dia Nacional de Defesa da Democracia. O projeto de lei 6.103/2023 aguarda tramitação nas comissões e vem ganhando apoio diante do contexto político brasileiro, especialmente após o ataque aos prédios dos Três Poderes em janeiro de 2023. Para a parlamentar, a oficialização da data representa um reconhecimento necessário de que a democracia é um valor fundamental que merece uma comemoração própria, distinta de outras efemérides como a Independência e a Proclamação da República.
Embora ainda não seja uma data oficial do calendário nacional, o dia 25 de outubro é lembrado informalmente em todo o país por meio de sessões solenes no Senado, eventos do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e iniciativas de movimentos civis e culturais. O Instituto Vladimir Herzog, por exemplo, tem promovido campanhas para angariar apoio popular e político, contando com o respaldo de mais de 200 entidades, artistas, intelectuais e lideranças sociais. Essas ações reforçam a importância de manter viva a memória dos horrores da ditadura e de reafirmar o compromisso com a democracia.
A discussão sobre a oficialização da data também está ligada às consequências do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que teve como relatora a própria senadora Eliziane Gama. O documento recomendou não apenas a institucionalização do 25 de outubro, mas também responsabilizações por tentativas de golpe de Estado, fortalecendo a luta contra ameaças ao Estado Democrático de Direito. Essa articulação política e social representa um passo relevante para a consolidação da democracia brasileira.
Além da importância histórica e política, o dia 25 de outubro celebra ainda outras datas relevantes, como o Dia de São Crispim e São Crispiniano, Frei Galvão, o Dia do Sapateiro, o Dia Nacional da Saúde Bucal e do Dentista, o Dia do Engenheiro Civil, o Dia de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo, o Dia do Macarrão e o Dia Mundial da Ópera, evidenciando a diversidade cultural e social presente nessa data no Brasil.
A data é uma referência ao primeiro voo de Santos Dumont com o mais pesado que o ar, o 14-Bis
No dia 23 de outubro, o Brasil celebra o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB), uma data emblemática, que recorda o histórico voo de Alberto Santos Dumont com o 14-Bis, em 1906. Nesse dia, a primeira aeronave mais pesada que o ar decolou por seus próprios meios, colocando o Brasil na vanguarda da aviação mundial.
Reconhecido como o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Santos Dumont realizou seu voo no Campo de Bagatelle, em Paris, diante de uma multidão e da Comissão Oficial do Aeroclube da França. Este feito não apenas abriu caminho para o desenvolvimento da aviação moderna, mas também lançou os alicerces para a formação da FAB, que é responsável pela defesa do vasto espaço aéreo brasileiro, abrangendo uma área de 22 milhões de km².
Fundada em 1941, a FAB consolidou o Brasil como uma nação com uma sólida tradição aeronáutica. Desde então, a Força Aérea Brasileira desempenha um papel fundamental em missões de defesa e soberania, atuando em operações de paz, resgates, transporte de órgãos e apoio a populações em situações de emergência.
O Dia do Aviador e da Força Aérea não apenas celebra a história de conquistas e inovações, mas também reafirma o compromisso contínuo da FAB com a defesa e o desenvolvimento do Brasil. Essa jornada, marcada pela inovação e pelo compromisso com a soberania, é uma fonte de orgulho para todos os brasileiros.
Indústria
Outro marco significativo na aviação nacional foi a criação da Embraer, em 1969, que posicionou o Brasil como um dos líderes da indústria aeroespacial. A Embraer nasceu do sonho de Ozires Silva, um Aviador da Força Aérea, que aspirava ver o Brasil produzindo suas próprias aeronaves. O resultado foi o desenvolvimento do Bandeirante, a primeira aeronave de transporte brasileira, um divisor de águas que levou à fundação da Embraer. Desde então, a instituição tem desenvolvido aeronaves de renome internacional, como o A-29 Super Tucano e o KC-390 Millennium.
Inovação
Com a missão constitucional de “manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”, a Força Aérea Brasileira continua a inovar e se adaptar às novas demandas da aviação e da defesa. A busca incessante por tecnologias de ponta e a formação de profissionais altamente qualificados garantem que a Instituição mantenha sua posição de destaque na proteção do espaço aéreo nacional e na execução de missões, como a “Operação Raízes do Cedro”, iniciada em resposta ao agravamento do conflito no Oriente Médio.
História de Vida
O Comandante do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário –, Tenente-Coronel Aviador Marcos Fassarella Olivieri, reflete sobre sua carreira de 26 anos na FAB, inspirada por seu avô, que voou o B-25 na Segunda Guerra Mundial, e por seu irmão, que, hoje, é piloto na aviação comercial. Ao longo de sua trajetória, ele seguiu na Aviação de Transporte, atuando em diversas unidades e, atualmente, comanda o Esquadrão Corsário, operando as modernas aeronaves KC-30. Suas experiências incluem missões humanitárias e de transporte estratégico, como nas Operações “Taquari 2” e “Voltando em Paz”.
Em sua mais recente missão, a repatriação de brasileiros no Oriente Médio, denominada “Operação Raízes do Cedro”, o Tenente-Coronel Olivieri descreve os desafios logísticos e operacionais enfrentados pelo Esquadrão Corsário em um ambiente de conflito. O KC-30 operou quase 24 horas por dia para resgatar mais de 1.200 brasileiros em apenas oito dias, em meio a explosões próximas ao aeroporto. A operação, marcada por momentos emocionantes e de risco, reforça o sentimento de patriotismo e dedicação da equipe, que continua a atuar com coragem e determinação até que todos os cidadãos sejam trazidos em segurança para o Brasil.
“Quando ingressei na Escola Preparatória de Cadetes do Ar e na Academia da Força Aérea, respectivamente em 1999 e 2001, já tinha como referência também o meu irmão, que voava na aviação comercial e, hoje, é Comandante, voando as mesmas aeronaves Airbus que eu voo atualmente na FAB. Meu ideal foi concretizado em 2004, quando me formei na Academia da Força Aérea e, a partir daí, iniciei minha carreira operacional. Minha aspiração por voar aeronaves de grande porte e o fato de sempre gostar do trato mais próximo com as pessoas me levaram a seguir carreira na Aviação de Transporte. O Esquadrão Corsário, em particular, significa tudo aquilo que almejei: pessoas brilhantes, uma aeronave capaz e moderna, e missões importantes para o país e para a FAB”, contou.