
Neste 28 de junho, celebra-se o Dia Internacional do Orgulho LGBT, uma data marcada pela luta histórica por igualdade, respeito e visibilidade da comunidade LGBTQIA+. A data remonta à Revolta de Stonewall, em 1969, em Nova York, quando pessoas LGBT reagiram à repressão policial, dando origem ao movimento moderno pelos direitos civis dessa população. No Brasil e no mundo, essa data serve como lembrança da importância da diversidade e do respeito às diferentes identidades de gênero e orientações sexuais.
Nos últimos anos, importantes avanços foram conquistados. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo (2011), criminalizou a LGBTfobia como forma de racismo (2019) e garantiu o direito à retificação de nome e gênero em cartório, sem necessidade de cirurgia ou processo judicial. Além disso, políticas públicas voltadas à promoção da cidadania LGBT vêm sendo implementadas em diversas cidades, com centros de acolhimento, campanhas de conscientização e inclusão de pautas de diversidade em escolas e repartições públicas.
Apesar dos progressos, os desafios persistem. O Brasil segue entre os países com maiores índices de violência contra pessoas LGBTQIA+, com centenas de casos de assassinatos e agressões por motivação LGBTfóbica registrados anualmente. A subrepresentação política, o preconceito em ambientes escolares e de trabalho, e a dificuldade de acesso igualitário a serviços de saúde e educação ainda são barreiras enfrentadas diariamente por milhares de brasileiros. O Dia do Orgulho é, portanto, um momento de celebração, mas também de reflexão e ação coletiva em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva.

